quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

ONU cobra de Obama o fechamento da prisão de Guantánamo

Por: Redação da Rede Brasil Atual

A base naval americana em Guantánamo, tornou-se sinônimo de tortura e maus tratos a presos desde que foi aberta (Foto: Divulgação/ Força Armada dos EUA)

São Paulo – Apesar de promessa eleitoral de Barack Obama, os Estados Unidos continuam desrespeitando a lei internacional por manter aberta a prisão na baía de Guantánamo, afirmou nesta segunda-feira (23), a alta-comissária para os Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Navi Pillay.

“Apesar da promessa de Obama, a prisão continua a existir e indivíduos permanecem detidos arbitrariamente e indefinidamente em uma clara violação do direito internacional”, disse Pillay. Ela lembrou que, em 2011, Obama reafirmou o compromisso de campanha durante discurso anual no Congresso norte-americano de que iria fechar o presídio.

Leia também:
Entidades de direitos humanos pedem fechamento de Guantánamo após 10 anos
Guantánamo deve ser fechada imediatamente, diz resolução da OEA
Obama "ofereceu" presos de Guantánamo a Brasil e Argentina, diz jornal
Para Julian Assange, Guantánamo é "monstruosidade"
Livro de Chomsky é proibido em Guantánamo
Há dez anos, a base naval americana em Guantánamo, instalada em Cuba em território controlado pelos Estados Unidos, tornou-se sinônimo de tortura e maus tratos a presos desde que foi aberta, quatro meses após os ataques de 11 de setembro de 2001.

Apena um dos 779 detidos foi levado a um presídio convencional nos EUA para ser julgado por um tribunal federal comum, outros enfrentaram julgamentos perante Comissões Militares. Por recorrerem a leis promovidas pela Casa Branca durante o governo de George W. Bush em uma perspectiva autointitulada "antiterrorista", direitos fundamentais dos detidos em países como Afeganistão, Paquistão e Iraque foram deixados de lado.

"Embora reconhecendo plenamente o direito e o dever dos Estados de protegerem seus povos e territórios de atos terroristas, lembro todos os ramos do governo norte-americano de sua obrigação sob a lei internacional de direitos humanos, de garantir que indivíduos privados de liberdade possam ter a legalidade de sua detenção revista perante um tribunal", disse.

Pilay se disse "profundamente decepcionada" com a demora em se cumprir a promessa. “Estou incomodada com a incapacidade de encontrar os responsáveis pelas graves violações dos direitos humanos, incluindo tortura, que lá ocorreram”, ressaltou.

Com informações da Reuters e Agência Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário