quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Carlos Nelson Coutinho, presente!



O Núcleo Frei Tito lamenta o falecimento do grande teórico marxista brasileiro, Carlos Nelson Coutinho, ocorrido na madrugada de hoje, 20 de setembro. Carlos Nelson, que se designava um "amigo do PSOL", ajudou a fundar o partido, ainda em 2004.

Nas palavras da historiadora Virgínia Fontes:


"Comunista, o mais importante gramsciano brasileiro, Carlos Nelson foi um grande teórico marxista e o nosso mais importante pensador da democracia e, sobretudo, das exigências permanentes de democratização no Brasil. Não uma democracia mesquinha e rebaixada, a aplastrar as conquistas populares duramente alcançadas, mas uma democratização que espelhe e assegure a plena socialização da existência em todos os sentidos, da economia ao cotidiano. Carlos Nélson nunca exigiu acordo pleno de ideias para oferecer seu respeito e seu afeto, e com isso ensinou a muitas gerações a compreender que a luta de classes, por ser rigorosa, precisa também ser franca, aberta e plena.

Me despeço do homem, a quem não consegui abraçar antes da partida. Abre-se agora o tempo do longo e profundo em torno de sua obra, não para elogios póstumos, mas para o intenso debate que ela impõe, merece e exige. Ele se foi, mas permanece. Carlos Nelson sai de nosso convívio para se converter em nosso clássico."

Carlos Nelson Coutinho, presente!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Flavio Serafini divulga programa completo de Direitos Humanos e Segurança Pública


A coligação Mudança de Verdade, encabeçada pelo PSOL, divulgou no dia de hoje (4/9) seu programa completo para  Direitos Humanos e Segurança Pública.  Segue um resumo abaixo. Caso você queira o programa completo, é só baixá-lo clicando aqui.



PROGRAMA DE DIREITOS HUMANOS E SEGURANÇA PÚBLICA  FLAVIO SERAFINI PREFEITO – PSOL NITERÓI



Cidade segura é a que garante direitos. É nesse sentido que o PSOL se coloca de maneira crítica às políticas que têm por objetivo tão somente a militarização da questão da segurança pública.

Repudiamos o discurso de que é necessário abrir mão de parte da liberdade em nome da segurança: segurança só se conquista com liberdade, e esta só é conquistada através do pleno acesso aos direitos fundamentais. Rejeitamos a atual lógica belicista de segurança pública, pautada eminentemente no enfrentamento e na criminalização da pobreza e dos movimentos sociais.

Nesse sentido, políticas de universalização dos direitos e ocupação pública do espaço urbano serão um sustentáculo importante para reverter a segregação social e espacial do território municipal e construir uma cidade de direitos.



PROPOSTAS:

- Criação da Secretaria Municipal de Direitos Humanos, Valorização da Vida e Prevenção da Violência. Extinção da atual Secretaria de Segurança Pública e Controle Urbano.

- Promoção de programas de proteção e valorização dos denominados grupos vulneráveis (mulheres, negros, LGBTs, idosos, crianças e adolescentes, população em situação de rua, pessoas com deficiência física, minorias religiosas etc).

- Criação de um Gabinete de Gestão de Direitos Humanos e Segurança Pública Municipal para definir, com a participação da sociedade civil organizada e órgãos estatais de segurança e justiça do município, do estado e governo federal, políticas públicas que possam orientar as instituições envolvidas, respeitando-se a autonomia de todas.

- Reformulação do Conselho Municipal de Segurança Pública, tornando-o Conselho Municipal de Direitos Humanos e Segurança Pública, com composição paritária entre Estado e sociedade civil, possibilitando a ampla participação popular na formulação, implementação e fiscalização de políticas públicas de segurança no município.

- Realização periódica de Conferência Municipal de Direitos Humanos e Segurança Pública.

- Criação de Conselhos Comunitários de Segurança (fóruns de direitos humanos nas comunidades com participação da população e poder público).

- Promover, em parceria com a Universidade Federal Fluminense, a elaboração de mapas de violência urbana, identificando as regiões que apresentem maior incidência de violência e criminalidade e incorporando dados e indicadores de desenvolvimento, qualidade de vida e risco de violência contra grupos vulneráveis.

- Criação de Ouvidoria Pública Municipal (viabilizando o recebimento de denúncias em face de policiais e guardas municipais).

- Incentivar ações educativas e preventivas destinadas a reduzir o número de acidentes e mortes no trânsito.

- Estímulo ao uso dos espaços públicos e convívio social mediante uma política de iluminação e aprimoramento de praças a partir de consultas à população.

- Retirada das grades das praças para melhorar a integração com o espaço urbano e a acessibilidade. No caso dos parques, viabilizar que se mantenham abertos também durante a noite.

- Implementação do Programa Municipal de Memória e Verdade.

- Abolir a repressão da Guarda Municipal aos camelôs, estabelecendo uma reformatação da instituição no sentido de preservar o conjunto dos bens públicos.

- Estimular o aperfeiçoamento dos critérios para seleção e capacitação de guardas municipais e implantar, nas academias de polícia, programas de educação e formação em direitos humanos.

- Criação de Mercado Popular, previsto no Plano Plurianual da cidade.

- Valorização salarial da Guarda Municipal.

- Inclusão da disciplina Direitos Humanos e Cidadania nos programas didáticos da rede municipal de ensino.

- Estruturação imediata dos Conselhos Tutelares, com reformas das instalações físicas, aquisição de equipamentos de informática, carro e contratação de equipe de suporte (assistentes sociais, psicólogos e pedagogos).

- Criação de programas e cursos de capacitação técnica permanente aos Conselheiros Tutelares.

- Aumento e qualificação de equipes de assistentes sociais que possam atender às necessidades da população em situação de rua.

- Construir mais abrigos de apoio visando melhorar o serviço de auxílio, o que desafogará a Casa de Cidadania Florestan Fernandes e o Centro de Referência Especializado para População de Rua (Crepop), além de promover uma reestruturação completa das duas instituições existentes.

- Aprimoramento do sistema CAPS e da política de redução de danos como prioridade na política de saúde mental.
- Imediato aumento salarial para os trabalhadores da rede de saúde mental. Construção democrática de plano de carreira e implementação de políticas de qualificação profissional.