quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Chuva de prata ataca Zona Oeste do Rio




A expressão é poética, mas a assim batizada emissão de partículas de ferro-guza pelas torres da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), não. Muito pelo contrário. A população do entorno da Baía de Sepetiba não aguenta mais enfrentar o recorrente contato com esse tipo de poluição, que causa males aos olhos, à pele e à respiração, sem falar nos danos aos seus bens e residências. No último episódio registrado, o pó prateado foi expelido em grande quantidade na noite desta segunda-feira (29/10). A partir de denúncias de moradores, a ONG Políticas Alternativas do Cone Sul (PACS) encaminhou denúncia à Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Alerj (confira aqui), que cobrou, por meio de ofício providências ao Ministério Público.

A CSA é reincidente. Já foi multada pelo mesmo tipo de ocorrência e já havia assinado Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente com o compromisso de criar mecanismos de prevenir tais acidentes. Dessa vez, a Secretaria anunciou multa de R$ 10,5 milhões, investimento na região de R$ 4 milhões e o plantio de 15 mil árvores na área afetada. Mas como no passado esse tipo de punição não funcionou, a população ainda teme por seu futuro com a existência de tão perigosa vizinhança.

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