Nesta segunda (29/10), em Cordovil, na Zona Norte, Rafael Costa, 17 anos, morreu na flor da idade, por engano. Um tiro de fuzil rasgou o seu pescoço, disparado por um PM experiente, o sargento Márcio Perez de Oliveira, 36, há 11 na corporação. O policial alegou ter confundido com barulho da explosão de uma granada o estouro de um pneu do carro que Rafael dirigia. É preciso evitar que o debate em torno de mais esse episódio trágico na nossa cidade se empobreça no risco fácil do maniqueísmo. É necessário avançar no aprofundamento da compreensão de fatos como esse. Há motivos para se suspeitar de que a recorrência não se explica pelo dolo ou culpa de indivíduos, mas pela fragilidade da concepção da política pública de segurança pública vigente. Os fatos comprovam que o discurso não corresponde à prática. Na maioria dos territórios da cidade o Estado ainda funciona conforme o CEP: nos endereços mais pobres, a polícia ainda atira primeiro para só depois conferir a identidade do alvo...
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