Da Folha de S. Paulo
A Scopus Construtora retirou nesta terça-feira uma placa que chamava o golpe militar de "revolução de 1964".
A Scopus Construtora retirou nesta terça-feira uma placa que chamava o golpe militar de "revolução de 1964".
A placa indicava a construção de um monumento, que está sendo construído na Cidade Universitária da USP, em homenagem aos mortos e desaparecidos da ditadura.
A obra é parte de parceria entre a universidade e Secretaria de Direitos Humanos da Presidência. Ela é patrocinada pela Petrobras e tem custo estimado em R$ 89 mil.
O termo "revolução" é usado por militares que negam que tenha havido uma ditadura no país de 1964 a 1985.
A reitoria da USP diz que houve falha na confecção. A universidade informou que uma nova placa com a expressão "regime da ditadura militar" será colocada em breve.
De acordo com a engenheira da Scopus Rose Martins, o pedido de retirada da placa, que foi fixada em agosto, foi feito na manhã de hoje.
Na tarde de ontem, o termo "revolução" havia sido riscado e a palavra "golpe" foi escrita.
Segundo a secretaria, a obra faz parte do projeto "Direito à Memória e à Verdade", que inclui a criação da Comissão da Verdade.
"Considero o termo utilizado um absurdo", disse a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos).
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